O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta 1,2 milhão de pessoas no Brasil, segundo dados da OMS. A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum da demência senil, responsável por pelo menos 60% dos casos.
Dona Amine, 93 anos, começou há alguns anos a apresentar apatia, confusão mental e outros sintomas da Demência Senil - um transtorno que causa declínio progressivo no bom funcionamento de funções cognitivas e físicas. Tinha problemas na fala, dificuldades no andar, irritabilidade, confusão mental, apatia, depressão.
“Mamãe sempre teve problemas psiquiátricos, de tomar remédios achando que tinha depressão, sempre muito agitada, tomou remédio a vida toda, calmante, antidepressivo” – afirma Naira Kilson, filha de Dona Amine.
Um sofrimento, no dia a dia, para ela e toda a família. Dona Amine já não reconhecia os próprios parentes e passou a ficar mais tempo deitada na cama. Sua família decidiu então pesquisar mais sobre o tratamento com o óleo de cannabis medicinal.
Um estudo publicado em 2018 pelo Instituto de Psiquiatria Molecular da Universidade de Bonn já havia descoberto que uma pequena dose de THC (componente terapêutico presente na cannabis) era capaz de melhorar o rendimento cerebral em camundongos idosos. Ano passado, um novo estudo publicado na FAG Journal of Health (clique aqui para o artigo em inglês) reafirma que o “tratamento baseado em fitocanabinoides (substâncias medicinais da planta, como o THC) é promissor" pois produz em humanos um efeito neuroprotetor.
O portal SeChat nos ajuda a compreender melhor os canabinoides, substâncias localizadas na composição química das plantas de Cannabis Sativa L. e que são responsáveis pelos efeitos terapêuticos no corpo humano. Dentre os canabinoides estudados, dois se destacam por sua ampla aplicação, o THC (tetrahidrocanabidiol) e o CBD (canabidiol).
A ingestão do CBD, por exemplo, maximiza a produção de efeitos antixoxidantes no cérebro. Ou seja, reduz a intensidade dos danos de estresse oxidativo - algo comum à velhice porém extremo em casos de demência. “Não apenas cura os sintomas do cérebro, mas também promove o crescimento de novas células”, em um processo denominado Neurogênese.
Conclusões semelhantes surgiram também em um estudo apresentado no VI Congresso Internacional de Envelhecimento Humano (clique aqui para o estudo), que revelou:
“Cannabis medicinal é uma terapia promissora para auxiliar no tratamento da Doença de Alzheimer, por apresentar poucos efeitos colaterais e agir diretamente nos principais mecanismos fisiopatológicos da doença (regulação de neurotransmissores, formação e deposição de placas β amilóide, toxicidade e morte neuronal)”
Já se passaram três anos desde que Dona Amine começou o tratamento com o óleo de cannabis produzido pela ACANNA. Os efeitos colaterais dos remédios convencionais foram largamente reduzidos e Dona Amine conseguiu superar em muito a confusão mental. A geriatra, surpresa com os resultados, aprovou a continuidade do tratamento.
A filha de Dona Amine descreve aqui sua melhora: “Minha mãe era uma pessoa ativa e tinha se tornado apática, igual um vegetal […] hoje ela interage, ri, vê a beleza nas coisas, voltou a ter emoção”.
Dona Amine não está sozinha. Muitos casos de sucesso têm sido noticiados, de acordo com reportagens. No Brasil, milhares de pessoas utilizam o óleo de Cannabis Medicinal, por intermédio de associações criadas para amparar os pacientes e fornecer o tratamento necessário.
Em um panorama mais amplo, Tarso Araújo, diretor da BRCann, comenta que o mercado brasileiro da cannabis medicinal, antes mais concentrado por sua eficácia no tratamento de epilepsia na população mais jovem, passou a atrair uma crescente demanda de pacientes com mais de 65 anos com prescrições para “tratamentos psiquiátricos e controle de dores”.
A reportagem é da Folha de S. Paulo e pode ser acessada clicando aqui.
Assim como a família de Dona Amine, inúmeros pacientes buscam na ACANNA.org o acesso à Cannabis Medicinal como uma alternativa para redução de efeitos colaterais, prevenção de doenças e retardamento dos sintomas.
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