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Cannabis e esclerose múltipla: efeitos e potenciais benefícios no tratamento

  • 1 de set.
  • 2 min de leitura

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A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que existam aproximadamente 40 mil pessoas com EM no Brasil e 2,8 milhões em todo o mundo.


A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, causando lesões cerebrais e medulares. Seu principal sintoma é a espasticidade (distúrbio no controle muscular, caracterizado por tensão, rigidez, aumento dos reflexos dos tendões e dificuldade de controlar os músculos).

A principal característica da esclerose múltipla é a inflamação do tecido neuronal. Nela, as próprias células do corpo atacam o sistema nervoso central, causando inflamação em todo organismo e, consequentemente, sintomas como perda de controle motor, fraqueza, espasmos musculares, humor instável e fadiga.

A cannabis tem sido usada como anti-inflamatório por médicos e herbalistas em todo o mundo há séculos. Nos últimos anos, sua  capacidade de reduzir a inflamação relacionada à esclerose múltipla foi amplamente pesquisada, pelos endocanabinóides, distribuídos pelo organismo, terem propriedades imunossupressoras e anti-inflamatórias. O receptor CB1 (onde o composto THC atua no organismo) exerce um efeito neuroprotetor em indivíduos com EM, reduzindo a resposta imune e, assim, reduzindo a inflamação. 

Pesquisadores canadenses estão conduzindo um ensaio clínico randomizado e duplo-cego para avaliar a eficácia dos canabinoides no alívio dos sintomas em pessoas com esclerose múltipla (EM) que não respondem completamente ao tratamento padrão, descrito como "parcialmente eficaz" no estudo.

O estudo começou em 2022 e tem previsão de duração de cinco anos. Agora, os pesquisadores estão iniciando uma nova fase. Todos os participantes, com mais de 21 anos, serão designados aleatoriamente em quatro grupos: THC isolado, CBD isolado, combinação de THC e CBD, e placebo. Os pacientes receberão até duas doses diárias, com no máximo 20 mg de THC e 200 mg de CBD por dia.

Os principais resultados indicaram um aumento no número de pessoas que relataram uma redução significativa na espasticidade e uma melhora significativa no bem-estar. A análise também encontrou baixa prevalência de distúrbios do sistema nervoso ou desordens psiquiátricas.

A depressão também é outra característica comum da esclerose múltipla. Pode ocorrer devido a danos nos nervos que ajudam a regular o humor ou pelo efeito colateral de outros medicamentos usados ​​para retardar a progressão da doença.

A capacidade da cannabis de tratar a depressão indica que THC, CBD e canabicromeno (CBC) exercem um efeito semelhante ao antidepressivo. O sistema endocanabinóide é conhecido por desempenhar um papel importante na regulação do humor e níveis subjetivos de felicidade, e endocanabinóides como a anandamida são fundamentais para o processo.


Referências:


 
 
 

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