Cannabis pode ser aliada no tratamento do câncer: descubra como reduzir efeitos colaterais
- 8 de set.
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Pesquisa com mais de 10 mil artigos aponta benefícios da cannabis contra dor, náusea e apetite, além de sugerir efeito antitumoral promissor contra o câncer
Para muitos pacientes oncológicos, o diagnóstico de um câncer traz não apenas o peso da doença em si, mas também o impacto físico e emocional dos tratamentos agressivos. Em meio a esse cenário, a cannabis medicinal tem se mostrado, há anos, uma esperança real de alívio e agora, essa esperança acaba de ganhar um respaldo científico sem precedentes.
Um estudo publicado recentemente na revista Frontiers in Oncology analisou dados de 10.641 pesquisas científicas revisadas por pares, tornando-se a maior meta-análise já realizada sobre o uso da cannabis no contexto do câncer. Conduzida por pesquisadores do Whole Health Oncology Institute (Havaí) e da Chopra Foundation (Nova Iorque), a análise revelou um “consenso científico esmagador” a favor dos efeitos terapêuticos da planta, não apenas para alívio de sintomas, mas também pelo seu potencial anticancerígeno direto.
Os dados indicam que os canabinoides tetra-hidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD) interagem com os receptores CB1 e CB2 do sistema endocanabinoide, modulando a dor e aliviando sintomas como enjoo e vômitos induzidos por quimioterapia. O estudo também constatou que 70% a 90% dos pacientes que usaram cannabis reportaram melhora no apetite e menos dor.
Além do alívio sintomático, a meta-análise reforça o crescente número de evidências pré-clínicas que apontam o potencial antitumoral da cannabis. Testes laboratoriais indicam que os canabinoides podem induzir a apoptose (morte programada) de células cancerígenas e inibir o crescimento tumoral.
Entre os efeitos mais notáveis identificados na análise estão:
- Inibição da proliferação de células cancerígenas;
- Redução de metástases;
- Indução de apoptose (morte programada das células do câncer);
- Forte ação anti-inflamatória.
“O consenso em torno da cannabis medicinal é mais forte do que o de muitos medicamentos já aprovados pela FDA”, ressaltam os autores. De acordo com a análise, o apoio à cannabis na literatura científica foi 31 vezes mais forte que a oposição, ou seja, um número muito difícil de ignorar.
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